Um poema que o meu amigo Luis escreveu e mandou especialmente para mim , obrigada lindo adorei
Pousei um beijo no fundo do teu olhar
E os teus lábios procuraram os meus para beijar
E enquanto a tua boca me lambuza,
Solto os botões da tua blusa.
E caem-me nas mãos os teus seios,
Sempre macios , sempre cheios.
Beijo a pele do teu ventre, humido, suado,
Com um gesto de lingua , lento, arrastado.
Então tu te relaxas, amoleces, te afrouxas,
Quando a minha boca se aninha
No interior das tuas coxas.
Tu abres-te feliz, de par em par
Como quem diz: Vem!!
Podes entrar!!
Não me faço rogado
E deslizo para dentro do teu salão rosado.
Eu, que tinha sido romântico, meigo, amoroso,
Viro um louco tarado, furioso.
E golpeio em ritmo fremente,
A fenda que tens no baixo ventre.
A cada remetida do meu golpeio,
Estremece a estrutura do teu seio.
Mas não ficas passiva nas retrancas
E contra atacas
Com violentos abanões das tuas ancas.
Dizes palavras de amor e impropérios,
Que a tua voz baralha,
Como conquistador de impérios,
Gritando eufórico no auge da batalha.
Então tudo para por um momento...
Pedes-me que saia do teu salão rosado
E entre no teu salão cinzento.
Surpreendido, chego a hesitar...
Mas tu empurras-te para mim
E me obrigas a entrar.
Sentes um prazer mais intenso, dorido,
Diluir-se na voz do teu gemido.
Num espreguiçar felino, sinto o teu corpo estremecer,
Como se a superfície da alma se estivesse a derreter.
Com um derradeiro golpe mais profundo e atrevido,
Faço explodir o meu fogo de artifício colorido.
Há lágrimas de prazer no teu olhar,
Que com a minha lingua recolho e vou saborear,
Como pérolas brilhantes de verdade
Que guardamos para a eternidade!
Há pessoas que viajam na sua saudade,
só com um bilhete de ida,
e não conseguem voltar,
imergir das próprias lembranças para a vida.
Parece que a saudade é uma vila distante,
um país que não conseguimos alcançar,
mas que insistimos em procurar...
E viajamos por esses caminhos
quase sempre sombrios do reviver,
do desejar o que já não é mais...
o que já não existe...
Se tu sentes que o comboio partiu
e ficaste na estação dos desejos,
com a mala na mão e um gosto estranho na boca,
um estranho sentimento de perda,
acredita: está na hora de voltares,
embarcar no comboio da vida,
que apita apenas uma vez a cada chegada,
e te espera para novas viagens,
com novas paisagens,
novos sentimentos, e quem sabe,
um novo amor na vida que recomeça,
que se refaz na estação do tempo,
que te cobra apenas o desejo de seres feliz.
in blog do Mico